sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Silêncio não é tristeza

Quietude. Sempre fora faladeira.  Agitada, quase nervosa, não era exatamente  histérica, mas era afobada. Chegava aos lugares alegre, sorria com os olhos, e coçava a boca de querer falar. E, quando, encontrava um pobre coitado desandava a falar sem respirar.
Mas a vida muda, vai se levando cacetadas e ela foi percebendo que lucraria mais entremeando seus falatórios com instantes de silêncio. E, assim foi e foi se encantando por esse novo espaço. Percebia o quanto eram amplos esses momentos de puro deleite silencioso, foi ficando mais concentrada, mais séria - assim diziam os desavisados - mais atenta. Ali mais presente ela estava e os outros também.
Hoje gosta de ficar quieta, dentro dela mesma, observando e só fala quando acha pertinente. Mas aí é que tá... Agora todos, os mesmos que não aguentavam tanta conversa, perguntam, insistentes: Tá triste?

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