quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Hoje acordei alagada

Hoje acordei alagada. Ih! Fiz xixi na cama não! Acordei, tomei café, sai, voltei e tinha uma cachoeira emanando das paredes de minha área. E fiz uma epifania. Pensei o que significa? Será que é dinheiro escoando pelo ralo como dizem os orientais? Será que é algum aviso? Serão os marcianos entrando pela minha parede. Ou será que sou eu precisando urgentemente lavar minha vida com água de rosas e muita lavanda pra afugentar os "coisa ruim"? Faço o que então? Grito pelos bombeiros, chamo a guarda costeira, faço um bote, vejo com quantos paus se faz uma canoa? Acendo um defumador feito de aruanda e pó de guiné, misturado a alfazema e lilás? Ou pego mais pesado e faço um emaranhado de ervas daquelas com pó de café, cimento e canela? O máximo que conseguiria seria botar fogo na casa. 
Então o jeito foi gritar pelo porteiro, que quando veio cismou que meu registro ou será resistro!!!!!!!Não fechava. Santo assassinato da língua portuguesa, estou "meia" cheia disso! Meus ouvidos estão ficando entupidos de tanto ouvir essa maravilhas ditas pelas bocas _ carentes ou nem tanto!_ sobre a nossa língua materna. Mas eis que o meu porteiro, constatando que sou capaz de fechar meu "resistro", isso após ter tentado de toda forma argumentar que o restante do moradores não podiam ficar sem água, fechou a coluna. E eu podia? Podia não ter água, mas podia ficar alagada da água que minava das minhas recém reformadas paredes que agora se fundem num buracão. Calor a parte, fechou-se a tal coluna e agora escrevo com um ressoar de belas pancadas de martelão em meus ouvidos. Pelo menos fecharam-se as cataratas do Humaita.