segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Interminável

Calor insuportável e ela caminhava com dores no quadril. Noite mal dormida. Boca ressecada, um inconfundível desespero pelo tempo que findava. Estava inquieta, descontente e não sabia por onde começar. Desceu a rua movimentada.  Com passos cuidadosos para não piorar a situação das pernas que pesavam nos velhos sapatos desbotados. Quase não percebia o vento quente de verão, seus pensamentos eram tão egoístas que se concentravam apenas nela, em como sofria, em como era  injustiçada e com era...como era...como era...
Quando foi retirada de sopetão de seu interior mofado por uma freada brusca. Olhou mas não sabia de onde tinha vindo aquele som. O coração disparou e conseguiu entre as gotas de suor que lhe desciam pela testa vislumbrar duas pessoas discutindo, impedindo o trânsito de andar.
E, ficou parada olhando as pessoas que gesticulavam nervosas ao longe. E como num solavanco saiu daquele estado e deu uma vontade sublime de tomar sorvete de casquinha, mas "diabos" onde encontraria sorvete de casquinha ali?  

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